Neste trabalho, estudo a literatura de mulheres pelo viés da teoria da Crítica Feminista a partir da análise reflexiva do livro de literatura infantojuvenil Minha vó sem meu vô, de Mariângela Haddad (2015). O objetivo consiste em averiguar como se estabelece as relações de poder, tanto na escrita literária (quando eram impedidas de publicar ou assinavam com pseudônimo masculino), quanto no contexto da obra citada (a mulher como propriedade do marido). A partir das reinvindicações do século XIX, conhecida como a primeira onda do feminismo, é que vem questionar esta posição de inferioridade intelectual e cultural imposta às mulheres da sociedade. Por esta fenda de contratos sociais/sexuais que busquei possíveis aproximações entre os silenciamentos atribuídos à escrita feminina com a vida totalmente resignada da personagem (vó) em prol do bem-estar do marido doente (vô); resignação essa, que se estende até após a morte do esposo. Este estudo dialoga com Zolin (2010); Schmidt (1995) e Pateman (1993). As investigadoras citadas demonstram que, de fato, é preciso romper com a subjetividade feminina, seja na esfera pública ou privada, não se trata em dar voz às mulheres, mas sim, espaço, seja com seus escritos na literatura ou nos recônditos do lar.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica