Sabe-se que o romance Wide Sargasso Sea (1966) de Jean Rhys, por ser uma releitura do canônico romance vitoriano Jane Eyre, há tempos já é referência nos estudos de crítica feminista e pós-colonialistas por subverter um discurso hegemônico em prol de (re)construir um passado e dar voz para uma personagem marginalizada e desumanizada no romance de Brontë, sobretudo por sua origem crioula. Sem dúvida, o que torna a obra ainda mais significativa é sua estrutura composta por vozes antagonicas: a do colonizador e a do colonizado. Com isso, através da literatura Rhys conseguiu propror reflexões que vão além da aparente dicotômia que envolve os conflitos culturais, linguisticos e raciais provocados por esse encontro, nos mostrando ser uma relação ainda mais complexa pois existem hierarquias em ambos lados. No presente trabalho, portanto, serão apontadas algumas questões sobre os choques culturais que constituem a narrativa, partindo de análises já feitas e conceitos propostos por Glissant. Para complementar, no fim será feita uma breve consideração sobre a tradução do romance para o português brasileiro, feita por Léa Viveiros de Castro para a editora Rocco em 2012.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica