Da liberdade à morte simbólica: reflexões sobre a obra de Gilka Machado

Da liberdade à morte simbólica: reflexões sobre a obra de Gilka Machado

• Autor
• Jaqueline Ferreira Borges
• Resumo

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  Partindo de reflexões acerca do processo de construção da poesia de Gilka Machado, percebe-se uma mudança de perspectiva nos poemas entre o primeiro livro, Cristais Partidos (1915); e o último, Velha Poesia. A hipótese que se constrói, é de que essa transformação foi resultado de uma desistência (DAL FARRA, 2017) e de uma exclusão que resultou na morte simbólica da escritora. A recepção poética de Gilka Machado resumiu a sua obra ao erotismo, mobilizando uma cortina de fumaça que impediu enxergar os expedientes poéticos, como a metáfora e as simbologias, as quais reivindicavam a liberdade do corpo feminino. Nesse sentido, as discussões de ARENDT (2018), serão essenciais para construção do conceito da liberdade como artifício político da poética de Gilka Machado, modo de se opor a uma estrutura social excludente. Para pensar a perspectiva histórica da construção e concepção feminina em meio ao patriarcado, será utilizado BEAUVOIR (2016) e AGAMBEN (2007) dará subsídios para compreender o apagamento imposto à poeta e a imposição da morte simbólica. Para amparar as reflexões acerca de estratégias linguísticas como rupturas e possibilidade de liberdade, os conceitos de PAZ (1994), (2012) serão cotejados, assim como de outros teóricos.

• Palavras-chave
• Gilka Machado; Poesia Completa; Liberdade; Morte Simbólica;
• Área Temática
• 13-Literatura e Gênero: Identidades Culturais e Poder