A proposta deste trabalho é examinar a escrita de um “nós” em Novas cartas portuguesas, de autoria de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria de Fátima Velho da Costa. Publicada em 1972, a obra, de teor reconhecidamente feminista, é atravessada em sua totalidade por um discurso que se constrói enquanto coletivo e, mais do que isso, um coletivo feminino. A partir dessas constatações, será abordado de que forma se desenvolve a escritura desse “nós” – oriunda também de um “nós” formado pelas três Marias –, responsável pela articulação de um discurso em que as mulheres são consideradas enquanto grupo. Tal exame se dará basicamente a partir de três aspectos da obra: a intertextualidade, os nomes das personagens e o emprego de uma voz narrativa comunitária. Para isso, foram utilizadas estudos de autores como Julia Kristeva (2005), Ian Watt (2010) e Susan Lanser (1992).
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica