Este artigo apresenta reflexões sobre a trajetória de Patrícia Galvão (Pagu), considerada por muitas(os) estudiosas(os) uma referência central da história recente brasileira. Foi uma das primeiras e mais conhecidas presas políticas, uma expressiva militante que, por meio da arte e de sua produção intelectual, socializou reflexões sobre as condições de vida da classe trabalhadora, em especial da mulher. A pesquisa foi realizada a partir das produções acadêmicas sobre a Pagu, bem como a partir de suas próprias produções, como seus textos literários e sua autobiografia. Recorreu-se ainda aos documentos da polícia política, que encontram-se no Arquivo Nacional. A intenção deste estudo é o de explicitar as condições históricas de militância das mulheres em um período ditatorial, como foi o caso do Estado Novo (1937-45), bem como analisar as contribuições das mulheres para as reflexões sobre questões políticas, sociais, econômicas que desencadearam mudanças nesses campos de atuação e de afirmação identitárias. Pagu enfrentou os desafios da ditadura estadonovista e deixou um legado. Foi mulher, mãe e fervorosa militante, e apesar da repressão estatal e da sociedade como um todo, construiu uma trajetória que inspirou mulheres de diferentes gerações, influenciando as lutas feministas em meio a uma sociedade patriarcal e autoritária.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica