O presente trabalho objetiva analisar as representações da morte da figura materna na literatura, tecendo uma análise comparativa entre os livros Une mort très douce (1967), de Simone de Beauvoir, e Une femme (1987), de Annie Ernaux. Sendo ambas as narrativas permeadas pela intersecção da esfera literária à análise sociológica, interessa-nos situá-las enquanto expressões pertencentes a um complexo de escritas de si que são engendradas através da escrita do luto, almejando, ao mesmo tempo, elucidar a relação entre a condição feminina no século XX, atribuindo especial atenção ao complexo da maternidade e suas representações na esfera literária. Para tanto, utilizaremos como fundamentação metodológica as acepções de Jeannelle (2018) e Labouret (2018) sobre a massiva produção memorialística, testemunhal e autobiográfica no século XX, bem como os estudos de gênero Beauvoir (1949) e Ménissier (2016) acerca da vivência feminina nas figuras maternas.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica