Em vários momentos da primeira metade do século XX observam-se o surgimento de veículos de imprensa periódica destinados ao público feminino. Contudo, pesquisas evidenciam que boa parte deste material foi produzido a partir da escrita masculina, contando, em poucas instâncias, com textos de autoria feminina, ou com a composição de mulheres no corpo editorial fixo. Assim, este trabalho apresenta o estudo de um exemplar destas escritas, a partir das pesquisas históricas realizadas com o impresso “Jornal das Moças”, publicado e posto em circulação no Rio de Janeiro, em 1914. Estudar sobre a revista Jornal das Moças nos possibilitou compreender cenários nos quais as mulheres vivenciaram, circunscritos aos anos de 1950 a 1960. Desde seu início, a revista Jornal das Moças assume a postura de manutenção de certo ordenamento social (ALMEIDA, 2008), elegendo como princípios elementos para moralidade feminina, garantindo, supostamente, o ordenamento social e a manutenção da influência do patriarcado, como forma de organização da sociedade. Buscamos, por meio desta pesquisa, apontar formas de representação das/sobre as mulheres, mudanças na ocupação do espaço privado ao espaço público, acompanhando as formas pelas quais são apresentadas, cujos comportamentos são apresentados, e, por vezes, legitimados, na Revista, sob égide da escrita predominantemente masculina.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica