I, Tituba, Black Witch of Salem, de Maryse Condé, pode ser compreendido como uma tentativa de resposta em face da ausência de informações encontradas nos registros históricos e documentais sobre Tituba, mulher negra e escravizada, que veio a ser acusada de praticar bruxaria em Salém, em 1692. Ao promover a elaboração de novos espaços enunciativos, o romance de Maryse Condé reescreve e reelabora criticamente a história de uma personagem cuja existência não pode ser apagada. Por isso, revisões e releituras de acontecimentos históricos rompem com os silêncios impostos pelos discursos hegemônicos e permitem assim o surgimento de novas histórias. Em face disso, o presente trabalho discute a vivência da diáspora e o papel desempenhado pela memória e pela reescrita da história no romance condeniano, pois, essa narrativa reconstrói as memórias e as experiências diaspóricas da população negra na região caribenha e nos Estados Unidos. Para alcançar os objetivos propostos, utilizamos os pressupostos teóricos de Avtar Brah, Gayatri Spivak, Homi Bhabha, Stuart Hall, dentre outros.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica