Os (d)efeitos do ensino remoto permitiram que ressignificássemos a voz canônica de quem ensina literatura. Com a experiência da EAD (educação a distância) deslocamos uma letra: EDA e a transformamos através de redes e plataformas digitais em exercício de aproximação. Queremos aqui falar da experiência em Estudos Literários II: gênero, etnias, identidades e representações, para duas turmas de graduação em Letras Português da UFSC e os caminhos de criação e de aproximação na poesia de Flávia Péret (Uma mulher) e Ana Elisa Ribeiro (Dicionário de imprecisões) como como possibilidade poética da crítica feminista. Partindo da ideia de escritura, escrever a leitura, de Roland Barthes, as alunas e alunos escreveram verbetes, inspirados no livro Dicionário de imprecisões, e baseados no conteúdo ministrado na disciplina criamos o Dicionário das margens, verbetes coletivos, ao apagar a os nomes próprios das autorias. Nesta mesma linha escrevemos em direção ao infinito o poema Uma mulher. Alunas e alunos transformam seus nomes civis em assinaturas subjetivas de um tempo pandêmico. Assim, se a poesia fala através da distância, foi ela que permitiu que as nossas vozes ecoassem nas janelas e telas enquanto presença na ausência.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica