São muitas as obras escritas por mulheres na contemporaneidade que colocam a maternidade como um de seus temas centrais. Os debates postos por essas narrativas, como Com armas sonolentas (2017), de Carola Saavedra, e Uma duas, de Eliane Brum (2014), levantam necessários questionamentos acerca dos valores impostos ao feminino no exercício do fazer materno, à vista do fato que esse, enquanto exercício moldado com base no discurso do patriarcado, fez-se espaço de opressão e regulação dos corpos das mulheres. Sabe-se que o ideal de mulher-mãe constituiu-se a partir da abnegação e devoção total aos filhos, sendo o amor o único sentimento esperado na relação por esses sujeitos traçada. Essa situação tem como consequência o total apagamento da mulher-mãe, um feminino marcado pela solidão e culpa, principalmente, quando da impossibilidade de adequação aos padrões sociais preestabelecidos. Nesse sentido, entende-se que há uma abertura para uma ressignificação da maternidade, demonstrando o importante reconhecimento dos diferentes sentimentos e ações que envolvem esse fazer. Para tanto, as reflexões propostas neste trabalho partem das contribuições de teóricas que se debruçaram sobre o tema como Nancy Chodorow (1978), Adrienne Rich (1986). e Elizabeth Badinter (1985)
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica