O trabalho busca explorar e desenvolver relações entre memória, história e literatura no romance Írisz: as orquídeas, de Noemi Jaffe, publicado em 2015. Írisz, a protagonista, é uma mulher húngara que se vê forçada a deixar seu país e se exilar no Brasil em decorrência das repercussões políticas causadas pela invasão da URSS à Hungria, em 1956, quando a revolta popular, da qual Írisz e seu companheiro fizeram parte, é derrotada. Observamos, então, um resgate subjetivo de um evento traumático da história possibilitado pela literatura e pela linguagem poética. Em tempos de pós-memória (Sarlo, 2005), a partir de uma concepção não-linear da história (Benjamin, 2019), busca-se explorar a maneira com que o romance, por meio de uma linguagem poética, é capaz de vivificar a história (Ginzburg, 2001), travar uma luta contra o esquecimento, oferecer sentidos de resistência e fazer com que subjetividades engolfadas pelas catástrofes emerjam (Gagnebin, 2009), apesar dos desafios em se narrar um romance na contemporaneidade (Adorno, 2012).
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica