As mulheres escrevem, entre outras razões, como forma de se libertarem de dores, de vivências que não lhes cabem mais. Os estudos decoloniais, estabelecidos pelo Grupo Modernidade/Colonialidade, surgem como uma necessidade de se mostrar que é preciso voltarmos o olhar para epistemes outras. No campo dos estudos literários, daquilo que a academia legitima, nos possibilitam tensionar e enfatizar a necessidade de nos abrirmos à escuta de vozes outras. No caso das mulheres, e sobretudo das slammers, a poesia e a performance trazem à tona suas dores, dissabores, mas também toda sua potência dentro sociedades que, embora diferentes, tem um comum o fato de serem racistas, machistas e patriarcais. O slam é um movimento político no qual as poetas materializam questões que devem e precisam ser exploradas. Esta comunicação, recorte do meu projeto de pós-doutorado intitulado Poesia de e para mulheres: oralidade, gênero e decolonialidade nos slams de poesia femininos em Angola, Moçambique e México, em andamento na USFC e supervisonado pela Dra Simone Pereira Schmidt, pretende, em consonância com Helloisa Buarque de Holanda (2020), Maria Lugones (2014), Przybylski (2020), Quijano (2009), entre outras, discutir os movimentos poéticos de resistência contemporâneos a partir das oralidades, das teorias decoloniais e de gênero.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica