O presente trabalho tem o objetivo de analisar as violências sofridas pela mulher negra no conto "Quantos filhos teve Natalina?", do livro Olhos d’água (2016), de Conceição Evaristo, a partir das imbricações de gênero, de raça e de classe. Para realização das análises, será realizado um trabalho com metodologia descritivo-analítica cuja abordagem, essencialmente qualitativa, assume um procedimento bibliográfico fundamentado na visão de, Frantz Fanon (2008), Stuart Hall (2006), Claudia de Lima Costa (2014), Constância Lima Duarte (2021), Achille Mbembe (2018) e outros. Com o recorte extraído deste livro, observou-se violência física, psicoemocional e moral exercidas pela lógica colonial (a qual é patriarcal, racial e sexista) contra a mulher negra, tentando controlar principalmente a sexualidade feminina. A narrativa poética é construída tendo como pano de fundo a morte, em uma nítida constatação de que as vidas negras não importam no contexto social onde o racismo opera estruturalmente por meio, principalmente, do mito da (re)democratização racial.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica