Há séculos, foi atribuído à mulher um papel passivo nas relações familiares, afetivas e sociais. É inegável que houve avanços em diversos contextos socioculturais, todavia há de se (re)conhecer que a luta pela equidade de gênero ainda precisa ser trilhada diariamente rumo a horizontes mais justos frente a uma sociedade que não se permite livrar-se de ultrapassados padrões patriarcais. Assim, este trabalho busca explorar discussões a respeito da violência, em especial, à mulher negra, valendo-se, para tanto, da Literatura, estatuto que (re)pensa representações de sujeitos, no qual se reconhece o potencial de se desvelar a existência da pluralidade sociocultural. Objetiva-se, primordialmente, compreender como se aborda a temática da violência à mulher, por meio da personagem Maria no conto homônimo, incluído na obra “Olhos D’água”, de Conceição Evaristo. Esta pesquisa configura-se como qualitativa, de cunho bibliográfico, baseada nos pressupostos de autores como Soares (2011), Borsatti (2019), Botton (2019). Os resultados apontam para a necessidade de refletirmos sobre situações de violência e de vulnerabilidade das quais as mulheres negras ainda são vítimas. As reflexões a que se propõe esta produção serão provocadas pelo viés da literatura, esta compreendida como um efetivo instrumento de (re)construção de uma sociedade mais empática e plural.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica