O mito de Don Juan é um clássico e todos já conhecemos. Mas, o que queremos apresentar aqui é como esse mito se desenvolve na versão feminina, que até então, só exercia o papel de vítima dos enganos deste sedutor. Em nosso caso específico, utilizaremos como exemplo de Donjuanas, duas personagens da literatura contemporânea: a primeira é a mulher escondida atrás da sigla CLB, escrita por João Ubaldo Ribeiro em A casa dos Budas Ditosos (1999), e, a segunda, é a personagem Joana do livro A mulher que Venceu Don Juan (2013) de Teresa Martins Marques. De forma geral, pretendemos responder a pergunta deixada por Medina de como seria Don Juan seduzindo e enganando em feminino, analisando a nova forma do jogo de sedução que assumiria uma mulher nesse papel e refletir sobre os temas que as atitudes dessas figuras transgressoras desencadeiam, já que são porta vozes de muitos preconceitos sociais; e, além disso, observar as relações de semelhança e diferença entre as personagens, considerando, principalmente, se há contrastes significativos entre uma sedutora criada por uma escritora e uma sedutora criada por um escritor e o que isso implica no perfil e na estrutura do livro de um modo geral.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica