A escritora Lúcia Miguel Pereira foi uma crítica e romancista da década de 30, que infelizmente teve seus romances deixados de escanteio pela crítica da época, sua obra Amanhecer (1938) é um romance crítico, classificado na época como intimista, que se preocupou em registrar ficcionalmente o amadurecimento da protagonista Aparecida diante das imposições da sociedade conservadora do Rio de Janeiro, a narrativa autodiegética está entre duas épocas, no momento de transição das ideologias políticas, sociais e morais. Nossa proposta de análise fundamenta-se nas teorias do Bildungsroman feminino da pesquisadora Cristina Ferreira Pinto (1990) sobre o caráter didático da trama, o anseio pela independência, e o final truncado. A pesquisa busca examinar como os valores e estigmas do começo do século XX influenciaram a formação da personagem, e indiretamente, a recepção da obra. Dessarte, amparamo-nos no estudo historiográfico de Margareth Rago (2014) que expõe as possibilidades limitadas para a mulher brasileira, onde seriam: rainha do lar ou degenerada, e no discurso de Virginia Woolf (1931) acerca da desconstrução do anjo do lar, para investigarmos as teorias desta pesquisa ainda em curso.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica