RESUMO: Patricia Hill Collins (2019), hooks (2019) e Angela Davis (2016) demonstram que desde o período escravocrata, XVIII – XIX, nos Estados Unidos são criadas pela sociedade, mídia e também pela literatura imagens estereotipadas de mulheres negras como ferramenta de opressão social. As autoras também demonstram que essas imagens fundadas no período colonial ainda são utilizadas na contemporaneidade para oprimir, sobretudo, mulheres negras. Assim, nesse trabalho evidenciaremos como as imagens de controle, conceito desenvolvido por Collins (2019), incidem sob às personagens femininas em O Olho Mais Azul (2019). Observaremos como Toni Morrison retrata a feminilidade afro-americana e a maternidade no romance e, também buscaremos analisar como as personagens resistem aos estereótipos por meio da narrativa. Acompanhando a trajetória de Pauline Breedlove ao longo do romance, à priori, observamos como as imagens estereotipadas incidem sobre ela. Do mesmo modo, evidenciaremos de modo crítico como se dá a ruptura da família Breedlove que, inseridos em uma cultura de supremacia racial, vivem cercados por padrões estéticos que não os representam e, não obstante, corroboram para invisibilização de seus padrões estéticos fazendo com que alguns personagens busquem um ideal que os leva ao adoecimento.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica