A FICÇÃO COMO REPRESENTAÇÃO MIMÉTICA DA REALIDADE: UMA LEITURA DE AS HORAS NUAS, DE LYGIA FAGUNDES TELLES

A FICÇÃO COMO REPRESENTAÇÃO MIMÉTICA DA REALIDADE: UMA LEITURA DE AS HORAS NUAS, DE LYGIA FAGUNDES TELLES

• Autor
• Ana Flávia da Silva Oliveira
• Co-autores
• Jaqueline Vieira de Lima , Francisco Edinaldo de Pontes
• Resumo

• O presente estudo, realizado com base no conceito de autobiografia apresentado por Jacques Lecarme (2014), parte do princípio de que alguns romancistas podem ter a sua escrita influenciada por experiências vivenciadas em seu cotidiano. Sendo assim, através do método de análise da crítica textual, partimos da leitura do romance As horas nuas (1989), de Lygia Fagundes Telles, cujo enredo trata de temáticas de cunho social, para discutir alguns indicadores internos desta obra que sugerem uma conotação autobiográfica. Dessa forma, objetivamos realizar uma análise direcionada à identificação de traços autobiográficos presentes nesta narrativa. Para tanto, utilizamos as contribuições de Jacques Le Goff (2000) sobre Memória; Maurice Halbwachs (1990) e Michael Pollak (1992), referente à História e Memória bem como Jean-Louis Jeannelle (2014), que tratam do conceito de autoficção; dentre outros teóricos-críticos que se fizerem necessário. Com isso, pretendemos demonstrar como tais indicadores estão presentes no romance citado, considerando a hipótese de que são essas conotações que permitem ao leitor perceber o elo entre a protagonista, ou determinados acontecimentos, e a história de vida da romancista.

• Palavras-chave
• Lygia Fagundes Telles, As horas nuas, memória, autobiografia.
• Área Temática
• 7 - Escrita de mulheres: literatura e memória