Na perspectiva da crítica literária feminista e do feminismo político, o objetivo do presente artigo consiste em fazer uma análise comparativa entre as protagonistas Elinor Daswood e Marianne Dashwood, no romance Razão e Sensibilidade (2014), de Jane Austen; mostrando a imanência de Elinor em contraste com a dissidência de Marianne, na Inglaterra, entre os séculos XVIII e XIX. Metodologicamente, o nosso estudo consiste em uma pesquisa exploratória, de cunho bibliográfico, com uma abordagem de interpretação textual, remetendo-se ao método indutivo; em que fazemos uma leitura interpretativa e crítico-reflexiva da narrativa literária. Como fundamentação teórica, dentre outros, apoiamo-nos nas ideias e concepções de Azerêdo (2013); Beauvoir (2019); Campbell (2015); Mangueira (2017); Millett (2003 [1968], 1970); Muraro (2002); Perrot (2010); Sales (2017); Woolf (2019); Wollstonecraft (2016); Zardini (2011, 2013); Zolin (2009). Em conclusão, constatamos que, Jane Austen (2014) constrói Elinor Dashwood como submissa para mostrar a total aceitação do seu contexto legal, civil e político. E, ao mesmo tempo, constrói Marianne Dashwood como subversiva, que é apresentada na narrativa com o intuito de refutar todas as ações opressoras ao seu gênero, inclusive com relação à instituição do casamento.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica