Como base teórica principal para a análise desse trabalho, apontamos os achados de Elisabeth Badinter (1985), em Um amor conquistado: o mito do amor materno, e comparamos a presença desse “mito” no conto “Saura Benevides Amarantino”, de Conceição Evaristo (2011), na obra Insubmissas lágrimas de mulheres. Como análise principal, trataremos da mulher que muitas vezes, encontra-se em margem na esfera social, vê-se na escolha de não amar um dos seus filhos, por ser fruto de uma relação repentina e não afetuosa como na narrativa de Saura Benevides Amarantino. Portanto, buscamos compreender como essa discussão reverbera o choque social, pois, de forma natural, como foi criado durante séculos de submissão e obediência que a mulher foi submetida, espera-se que uma mãe não deixe de amar nenhum de seus filhos, seja qual situação for. Além de Badinter, esse trabalho tem como sustentação teórica os estudos de Michelle Perrot (2003), Maria Zina Gonçalves Abreu (2007) e Chimamanda Ngozi Adichie (20130. Sendo assim, é a partir das palavras de Saura Benevides Amarantino que conduziremos a análise do conto com as teorias que acolhem a perspectivas da mulher na esfera do mito da maternidade.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica