A proposta desta comunicação será analisar o conto "Miss Grief", da escritora estadunidense Constance Fenimore Woolson (1840-1894), sob a ótica da problemática da autoria feminina. Publicado em 1880, a narrativa concede voz a um jovem escritor de renome que descreve seus encontros com uma aspirante a escritora cuja carreira ele pode auxiliar. Ciente das barreiras concretas às mulheres literatas (WEINER, 1986), Woolson investe no antagonismo dos dois personagens, chamando a atenção para as diferenças do ofício autoral entre indivíduos do gênero masculino e feminino. Contudo, entendemos que a narrativa, quando lida pelo ângulo da ironia, potencializa o olhar para as múltiplas complexidades que a própria literatura de mulheres pode trazer ao aspecto social da escrita literária. Assim, tendo como base teórica as análises de Sandra Gilbert e Susan Gubar (1979) Virgínia Woolf (1929) e Mary Eagleton (2005), a presente comunicação pretende compreender como a ironia, especialmente a partir da elaboração teórica de Wayne Booth (1974), apresenta-se como ferramenta retórica valiosa à exploração feminista da autoria no conto analisado.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica