As revistas culturais e literárias latino-americanas constituem um campo de estudo inestimável para entender e refletir o contexto da época de sua circulação, uma vez que, independente de sua temática, sempre tratam do presente. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo apresentar os primeiros resultados de uma pesquisa em desenvolvimento, a qual visa refletir sobre a participação de mulheres intelectuais em revistas culturais e literárias brasileiras, caracterizadas pela oposição à ditadura militar, dado que no Brasil é durante este período que surgem muitas revistas elaboradas por grupos que acreditavam que resistir culturalmente também era uma forma de oposição ao regime ditatorial. Partindo do pressuposto de que o meio intelectual durante muito tempo foi um espaço majoritariamente masculino e que a história das mulheres enquanto protagonistas passou por um processo de apagamento e deslegitimação, é necessário resgatar o trabalho produzido pelas mulheres, para assim revisitar a memória oficial e dar visibilidade a suas produções. Para tanto, o trabalho debruça-se especialmente nas revistas culturais e literárias que circularam no final da década de setenta, fase da transição democrática, e parte das noções teóricas de Regina Aída Crespo (2011; 2018) e Constância Lima Duarte (2017).
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica