Este trabalho tenciona sondar como o desejo de se tornar mãe pode revelar e implicar discussões em torno de propostas de crítica literária que questionem não somente a construção social da maternidade; mas, sobretudo, o significado da palavra “mãe” dentro de uma lógica patriarcal e sua relação direta com o corpo da mulher que passa por uma gestação e do corpo que almeja por uma. As experiências desses corpos são postas em análise a partir das obras literárias “Morra, amor”, de Ariana Harwicz, e “A cachorra”, de Pilar Quintana; apresentando, como critério, estabelecer o diálogo crítico e contundente com as autoras Elisabeth Badinter (2011), Orna Donath (2017), Maria Lucia Homem (2012) e Vera Iaconelli (2020), as quais desvelam o caráter cultural e psicossocial da função materna na contemporaneidade. Nesse sentido, considerando a importância dessas narrativas literárias latino-americanas juntamente com o aporte teórico eleito, acredita-se situar mais precisamente as tensões relativas entre a linguagem da ficção e seus atravessamentos na “crítica literária feminista” (FUNCK, 2016) como, também, na crítica psicanalítica construída por mulheres.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica