Emília Moncorvo Bandeira de Mello (1852–1910), mais conhecida pelo pseudônimo Carmen Dolores, produziu obras da estética naturalista, como contos, romances e peças de teatro, além de ter sido jornalista. Em sua trajetória, lutou em defesa dos direitos das mulheres, quanto à educação e ao mercado de trabalho, ademais se apresentou a favor do divórcio civil. A partir da leitura do romance “A luta”, publicado primeiramente em 1909 em folhetim pelo Jornal do Commercio, depois como livro por H. Garnier, resolvi dedicar especial atenção à linguagem explícita utilizada pela autora, que recebeu inúmeras críticas por seu estilo considerado “masculino”, isto é por seu pensamento crítico e pela segurança e força de sua escrita, em uma época onde mulheres literatas eram pouco toleradas, a não ser que se mostrassem ternas, maternais e alienadas. Baseando-me teoricamente em artigo de Soihet (2009), onde a autora fala sobre as contradições de Carmen Dolores em relação ao século em que vivia. Além de utilizar outras referências da área, me questiono por que a crítica se refere à linguagem explícita da autora como uma linguagem masculina.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
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