Releitura da estereotipação da linguagem explícita de Carmen Dolores como linguagem masculina.

  • Autor
  • Júlia Melo dos Santos
  • Co-autores
  • Rômulo Schwanz Diel , Gabriela Semensato Ferreira , Angélica da Cruz Gonçalves Carlos
  • Resumo
  • Emília Moncorvo Bandeira de Mello (1852–1910), mais conhecida pelo pseudônimo Carmen Dolores, produziu obras da estética naturalista, como contos, romances e peças de teatro, além de ter sido jornalista. Em sua trajetória, lutou em defesa dos direitos das mulheres, quanto à educação e ao mercado de trabalho, ademais se apresentou a favor do divórcio civil. A partir da leitura do romance “A luta”, publicado primeiramente em 1909 em folhetim pelo Jornal do Commercio, depois como livro por H. Garnier, resolvi dedicar especial atenção à linguagem explícita utilizada pela autora, que recebeu inúmeras críticas por seu estilo considerado “masculino”, isto é por seu pensamento crítico e pela segurança e força de sua escrita, em uma época onde mulheres literatas eram pouco toleradas, a não ser que se mostrassem ternas, maternais e alienadas. Baseando-me teoricamente em artigo de Soihet (2009), onde a autora fala sobre as contradições de Carmen Dolores em relação ao século em que vivia. Além de utilizar outras referências da área, me questiono por que a crítica se refere à linguagem explícita da autora como uma linguagem masculina.

  • Palavras-chave
  • Linguagem literária, Estereótipo, Carmen Dolores, Literatura feminina brasileira.
  • Área Temática
  • 7 - Escrita de mulheres: literatura e memória
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  • 1 - A escrita feminina em revista: Brasil e Portugal (1900-1950)
  • 2 - Maternidade, corpo e linguagem
  • 3 - Literaturas de autoria feminina na América Latina e Caribe: interlocuções, escrevivências e feminismos negros.
  • 4 - Literatura e autoria feminina latino-americana: memória, identidade e resistência
  • 5 - Mulheres que escrevem
  • 6 - Linguagens e Teoria queer
  • 7 - Escrita de mulheres: literatura e memória
  • 8 - Diálogos entre literatura, memória e história: vozes femininas no espaço literário
  • 9 - Mulheres, imprensa e memórias: interfaces entre a história e a literatura
  • 10 - Diálogos África-Brasil: diferenças e identidades na literatura de autoria feminina brasileira e africana
  • 11 - O hoje e o amanhã em obras em língua inglesa escritas por mulheres - identidade, gênero, crise e deslocamentos
  • 12 - Literatura, violência contra as mulheres e relações de gênero
  • 13-Literatura e Gênero: Identidades Culturais e Poder

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