No campo literário, as escritoras ainda não têm o devido reconhecimento e essa realidade é ainda mais preocupante no cenário paranaense. Com o intuito de dar mais visibilidade para a escrita de mulheres, analisamos o livro As filhas de Manuela (2017), da escritora paranaense Bárbara Lia. Objetivamos reconhecer a memória da dor na constituição da identidade de algumas personagens femininas, observando a ruptura com estereótipos da mulher construídos a partir da visão patriarcal. Utilizamos os estudos de Teixeira (2008) e Zolin (2019) sobre a escrita de mulheres no Paraná; Hall (2006), que reflete sobre as identidades; Halbwachs (1990), Candau (2019), Bosi (1994), Bernd (2013) e Sarlo (2007) tratando da memória; Perrot (2007) e Pinsky (2013) sobre a condição feminina ao longo da história e a coleção “Pensamento feminista hoje” organizado por Hollanda (2019). Por meio deste estudo, destacamos que a maneira como cada personagem feminina lida com uma maldição lançada contra a sua família influencia na constituição de suas identidades, pois algumas têm medo e continuam submissas às imposições patriarcais no que se refere à conduta feminina e outras ressignificam essa memória de dor, resistem e transgridem os limites prescritos pela sociedade às mulheres.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica