Neste trabalho, analisaremos o conto “Ana Davenga”, presente na coletânea Olhos d’Água (2016), da autora brasileira Conceição Evaristo. Nele, encontramos as personagens Ana e Davenga. Ela, uma mulher do lar, que vive em prol dele; ele, loucamente apaixonado por ela, divide-se entre prover a vida deles e ser o chefe de um grupo de roubos. Na favela, local em que se passa o enredo do conto, as situações vividas pelas personagens, refletem os estereótipos de mulher e homem e giram em torno de imagens racistas e sexistas. Dessa forma, iremos analisar como as implicações problemáticas do mito racial, ainda constroem limitações a partir da cor da pele; apresentar os abismos da divisão de classes, que marginalizam os pobres; abordar a condição subalterna da mulher; verificar como a criação da submissão do feminino ao masculino, atrelada às cicatrizes deixadas pelas ideologias colonialistas, cerceiam, violentamente, mulheres negras; e expor como acontece o silenciamento social das vozes negras. A pesquisa é fundamentada nos Estudos Culturais e de Identidade e na Crítica Literária Pós-colonial, sobretudo nos pressupostos de: Bhabha (2013); Butler (2003); Fanon (2008); Hall (2006); Spivak (2010); e Zolin (2009).
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica