Narrativas pós-coloniais e o “entre-lugar” de Toni Morrison: uma re (leitura) da obra Pérola Negra

• Autor
• Glacilda Nunes Cordeiro Santos
• Co-autores
• Camila Melo Silveira da Silva
• Resumo

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  O trabalho busca refletir sobre questões de identidades femininas, de raça e de “lugar” de fala de intelectuais pós-coloniais, através da obra Pérola Negra (1987) da escritora estadunidense Toni Morrison. Enquanto uma releitura da peça The Tempest de William Shakespeare (produzida entre 1610 e 1611), Pérola Negra  nos permite estabelecer um diálogo entre literatura pós-colonial, ou mesmo literatura de minorias, com questões sociais e raciais que envolvem intelectuais pós-coloniais. Nesse sentido, à luz desses estudos e dos inseridos no campo do pós-abolição, objetivamos abordar a forma com que o “entre-lugar” da autora permite a operacionalização de categorias como “mulheres” e “raça” na construção da personagem Jadine Childs, ao tempo em que critica o imaginário social em torno de mulheres negras. Ainda, em uma perspectiva interseccional e com o suporte de autores como Gonzalez (1980), Gomes (2002), Hall (2002; 2003), Spivak (2010), Collins (2017; 2019), hooks (2017), Davis (2017) e Akotirene (2018), buscamos discutir sobre a construção de identidades femininas e de raça, das mulheres negras, que são múltiplas e plurais, ainda que resultantes dos efeitos identitários do processos de colonização e de escravização, que imprimiram-nas características homogeneizantes.

   

• Palavras-chave
• Estudos pós-coloniais, Pérola Negra, Identidade, Mulher, Raça.
• Área Temática
• 11 - O hoje e o amanhã em obras em língua inglesa escritas por mulheres - identidade, gênero, crise e deslocamentos