Sob o véu do patriarcado, muitas mulheres viram, no transcorrer da história, os discursos hegemônicos serem delegados ao olhar masculino, restando para elas apenas a imagem estereotipada de seres intelectualmente menos competentes, e, portanto, menos capazes de uma produção literária que fizesse jus ao cânone da época. Entendendo a literatura como uma ambiguidade, que reflete o que somos, e que não enclausura gêneros, este artigo versa sobre a escrita cearense de autoria feminina e o vanguardismo da romancista Emília Freitas. Partindo dessa perspectiva, objetivamos ampliar as discussões acerca da misoginia literária, e como desdobramento, promover o resgate e a (re)leitura de mulheres que, ainda hoje, encontram-se preteridas, silenciadas pelo cânone literário vigente. Para tanto, entrelaçaremos nossa pesquisa com as questões de gênero, sob a ótica da crítica feminista, direcionando nosso olhar para a produção oitocentista da escritora cearense Emília Freitas. Ancorando-se nos estudos de Zinani (2013), Duarte (2019), Schmidt (2019), dentre outras, este trabalho aponta para o debate em torno dos espaços dedicados à escrita de mulheres, ainda tão necessário na contemporaneidade.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica