O presente trabalho tem como principal intuito analisar a cultura do estupro no conto Os olhos verdes de esmeralda, de Miriam Alves. A cultura do estupro está intimamente entrelaçada a construções sócias ligadas a papéis sociais direcionados ao gêneros feminino e masculino naturalizados e tratados como inerente a sociedade. Entre as principais características de uma sociedade que trivializa violências sexuais incluem a culpabilização da vítima, objetificação sexual do corpo feminino. Além disso, comportamentos excludentes como a homofobia também são base para fomentação dessa violência. No conto, Os olhos verdes de esmeralda, mostra um casal de mulheres lésbicas violentadas por dois guardas após uma abordagem policial. A prática da violência é justificada pelo estupradores como um castigo, afim de corrigir a orientação sexual das vítimas. Assim, para construir a análise proposta, será seguido o seguinte percurso: apresentar a definição de cultura do estupro e como se materializam os mecanismos de perpetuação desta; refletir o ato sexual dentro das sociedades heteronormativas e falocêntricas; analisar a cultura do estupro que atinge a comunidade LGBQIA+ a partir do conto supracitado. Para análise do corpus escolhido transitaremos entre os trabalhos de Bourdieu (2012), Beauvoir (2009), além de outros autores que possam dialogar a temática abordada.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica