Sangria (2017), obra de Luiza Romão, ilustra o resultado da junção de distintas expressões artísticas: o slam, a performance, a fotografia, a palavra plástica, enfim, uma criação polissêmica que se expande, ofertando uma superposição de metáforas. Com 28 poemas que remontam os 28 dias que compõem o ciclo menstrual da mulher, a obra mostra uma literatura de resistência e força feminina diante de uma sociedade que ainda impõe o regime patriarcal. Por este motivo, este artigo perpassa a discussão sobre cânones literários, a representatividade do papel do feminino na literatura e a breve análise da obra Sangria. Entendeu-se, por fim, que há, ainda, um longo trabalho a ser feito com os corpos femininos para que se constituam como sujeito, e a literatura periférica de Luiza Romão permanecerá com o seu papel de pontapé a favor da desconstrução do regime patriarcal e injusto da história oficial, branca e masculina, a fim de que a voz feminina seja lida, vista e ouvida.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica