Panorama epidemiológico da transmissão vertical de Sífilis no Estado de Alagoas entre os anos de 2009 e 2019.

  • Autor
  • Priscila dos Santos Cardoso
  • Co-autores
  • Gabriela de Melo Benzota , Laís Pereira Leite de Araújo Loureiro
  • Resumo
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    Introdução: A sífilis congênita é causada principalmente por transmissão transplacentária da bactéria Treponema pallidum (Schaudinn) em qualquer estágio gestacional, ou menos comumente, no momento do parto, acarretando em diversas complicações gestacionais e eventos adversos nas crianças acometidas, quando não diagnosticadas e tratadas adequadamente. A ocorrência de sífilis congênita, principalmente quando é grande número e em ascendência, reflete falha no sistema de saúde pública. Objetivos: Demonstrar o panorama epidemiológico da ocorrência da transmissão vertical de sífilis no Estado de Alagoas entre os anos de 2009 e 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo e descritivo, cujos dados foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2009 a 2019. Foram utilizadas variáveis disponíveis de sífilis na gestante e sífilis congênita. Resultados: No período descrito, foram notificados 3748 casos de sífilis em gestantes e 3618 casos de sífilis congênita. Na grande maioria (73%) foi realizado o rastreamento durante o pré-natal. Em relação ao tratamento, nas mães, 46% não realizaram, já quanto aos parceiros destas, em 67% dos casos não foram realizados. Discussão: Estudos estimam que ocorram 520.000 consequências fetais no mundo a cada ano, tornando a sífilis congênita mais comum que a infecção congênita pelo HIV. De acordo com os resultados avaliados, o ano que obteve maior prevalência de sífilis materna e congênita no Estado de Alagoas foi o de 2018. A dificuldade de prevenção da transmissão vertical permanece justificada pela baixa adesão à execução dos testes diagnósticos, como também do tratamento precoce e adequado. Conclusão: Diante dessa análise, é possível constatar que as notificações de sífilis tanto materna quanto congênita são indicadores da qualidade da assistência pré-natal, sinalizando a necessidade de reorientação das estratégias para reduzir a incidência desta morbidade. Nesse cenário, torna-se imprescindível facilitar o acesso ao tratamento, assim como o fortalecimento das ações que abordem a necessidade de adesão ao tratamento das gestantes juntamente com seus parceiros sexuais.

     

     

  • Palavras-chave
  • Epidemiologia, sífilis, tratamento
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Doenças sexualmente transmissíveis.
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