O uso da toxina botulínica no vaginismo: uma abordagem terapêutica e multimodal

  • Autor
  • Nívea Carla dos Reis Silva do Amorim
  • Co-autores
  • Lícia Lins Santos , Gabriela Melo Calazans , Ana Klívia Vasconcelos Lacerda , Monique Carla dos Reis Silva do Amorim
  • Resumo
  •  

    O vaginismo é uma condição ginecológica atípica caracterizada pela contração involuntária recorrente ou persistente dos músculos do pavimento pélvico e do terço externo da vagina quando há penetração vaginal, seja por pênis, espéculo ou quaisquer outros objetos. O uso da toxina botulínica, produzida pela fermentação da bactéria anaeróbica Clostridium botulinum, Ermengem 1896, tem sido empregado para o tratamento desta condição, visto que provoca o relaxamento dos músculos do assoalho pélvico. Com o objetivo de estudar este benefício foi realizada uma revisão integrativa de literatura utilizando as bases de dados Scielo, Medline (via Pubmed) e Google acadêmico. Utilizaram-se os descritores “Vaginismo” e “Toxina botulínica” com o operador booleano AND e seus respectivos termos em inglês. Os trabalhos foram selecionados de acordo com os seguintes critérios de inclusão: estar nas bases de dados consultadas, publicação nos últimos cinco anos e estudos relacionados ao uso da toxina botulínica e o vaginismo. A seleção foi realizada por leitura de títulos, resumos e artigos completos. Foram levantados 81 títulos dos quais 51 foram excluídos pela leitura do título, 30 pela leitura dos resumos e 15 artigos foram lidos na íntegra, dos quais 6 foram incluídos na presente revisão. Como resultado foi observado que a neurotoxina, quando aplicada na musculatura pélvica em baixas doses e associada a um tratamento multimodal como a psicoterapia, fisioterapia pélvica e a dilatação vaginal progressiva demonstrou melhores resultados do que quando comparado com cada método isoladamente. Isso ocorre porque a toxina botulínica reduz a contratura muscular e inibe a liberação de acetilcolina bloqueando os espasmos musculares e relaxando os músculos da parede vaginal o que proporciona uma penetração mais confortável e menos traumática para o assoalho pélvico. Assim, a literatura relata a necessidade de acompanhamento com a psicoterapeuta, uma vez que a maioria das mulheres que sofre com essa condição possui níveis elevados de ansiedade, depressão e medo, fatores que podem ocasionar dor e, assim, afetar sua qualidade de vida, autoestima e o relacionamento. Desse modo, a toxina botulínica se mostrou eficaz na diminuição da sintomatologia no vaginismo contudo,  um melhor resultado é observado quando o seu uso está associado a um esquema terapêutico multimodal e multidisciplinar, proporcionando uma melhora tanto na qualidade de vida quanto na vida interpessoal e sexual das pacientes.

  • Palavras-chave
  • Vaginismo, Toxina botulínica, Terapêutica
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