TUMOR DE BUSCHKE-LOWESTEIN: UM RELATO DE CASO

  • Autor
  • Suzana Cabral Almeida Barros
  • Co-autores
  • Marina Presmich Pontual , Maria Cristina Simões Barbosa , Beatriz Silva de Melo , Vitória Viana Silva , Raynara Uchôa Gomes , José Humberto Belmino Chaves
  • Resumo
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    O tumor de Buschke-Lowestein, também chamado de Condiloma Acuminado Gigante, é mais frequente em homens e pessoas imunodeprimidas e em localização anorretal. É causado pelo papiloma vírus humano e todos os casos são precedidos de condiloma acuminado. Sendo assim, trata-se de uma doença infecciosa evitável com diagnóstico precoce, higiene e práticas sexuais seguras. Neste estudo, objetiva-se relatar um caso de tumor de Buschke-Lowestein em mulher imunocompetente atendida em ambulatório de Patologia do Trato Genital. Paciente, sexo feminino, 55 anos, encaminhada de consulta de ginecologia geral para ambulatório de Patologia do Trato Genital para avaliação de condiloma vulvar extenso. Sexarca aos 17 anos, menopausa aos 47 anos, tabagista há 40 anos, não vacinada para HPV. Paciente estava sexualmente inativa há seis anos e relatou história de condiloma vulvar tratado há 10 anos, porém com retorno e piora progressiva da lesão após abandono de tratamento. Possuía baixa autoestima atribuída ao seu quadro clínico, porém negava dor ou qualquer outro sintoma associado. Ao exame, lesão vegetativa extensa em região de períneo, perianal e vulvar, com coloração que variava desde áreas hipercrômicas, hiperemiadas e esbranquiçadas. Testes rápidos e sorologias para infecções sexualmente transmissíveis foram negativos. Após diagnóstico clínico de tumor de Buschke-Lowestein, foi proposto tratamento utilizando pomada de barbatimão, Abarema cochliocarpos, afim de regredir a lesão e, se necessário, abordar cirurgicamente os focos remanescentes, visto que, devido à extensão do quadro, a ressecção isolada resultaria em grande prejuízo anatômico à paciente. Os resultados serão observados nos próximos meses. O Condiloma Acuminado Gigante possui baixo potencial metastático, porém, devido à intensa taxa de proliferação, tem alta agressividade local e risco de infiltração nos tecidos subjacentes. A abordagem cirúrgica com bordas livres é o padrão ouro no tratamento e deve ser priorizada. Entretanto, há outras opções terapêuticas que envolve uso da pomada de barbatimão, quimioterapia, radioterapia, crioterapia, curetagem, interferon e injeção de 5-fluoracil. Neste contexto, cabe destacar que, apesar da diversa gama de tratamentos possíveis, este tumor tem alta taxa de recidiva e potencial de malignização. Atentar-se a casos como este é necessário, uma vez que esta condição causa grande prejuízo na qualidade de vida pelos sintomas associados, impacto na autoestima e estigma social.

     

  • Palavras-chave
  • Tumor de Buschke-Lowenstein, Condiloma acuminado, HPV
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Doença anal e perianal HPV-induzidas.
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  • Doenças inflamatórias do Trato Genital Inferior (TGI).
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