O IMPACTO DA PANDEMIA NO RASTREIO DE CÂNCER DO COLO DO ÚTERO EM ALAGOAS

  • Autor
  • Giovanna Zirpoli Abath
  • Co-autores
  • Laís Santos Lima , Isabela Sá Brito Feitosa
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO A disseminação do novo coronavírus iniciou em dezembro de 2019 e logo alcançou proporção global. Países de todo o mundo adotaram estratégias para conter a disseminação do vírus e, seguindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil implementou medidas de isolamento social em março de 2020.  A assistência à nova doença foi priorizada em detrimento de atendimentos ambulatoriais, exames e cirurgias eletivas.1 Diante da nova realidade, o Instituto Nacional de Câncer adiou a realização de exames, como a colpocitologia oncótica que previne o câncer do colo do útero2, resultando na abstenção da população em programas de rastreamento de câncer nesse período. Segundo a OMS, em 2018, o câncer do colo do útero causou mais de 300 mil óbitos3, além de ser a quarta neoplasia mais comum em mulheres.4  Para a erradicação da doença, é necessário o tripé: vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV), realização do exame de rastreio e tratamento adequado de lesões pré-malignas e malignas.3 Assim, compreende-se a importância do rastreamento do câncer de colo do útero que, conforme o Ministério da Saúde (MS), deve ser realizado em mulheres entre 25 e 64 anos, após a sexarca, através da colpocitologia, uma vez ao ano e, posteriormente, a cada três anos, após dois resultados anuais negativos consecutivos. Diante do exposto, nota-se a relevância em determinar o impacto da pandemia no rastreio do câncer do colo do útero em Alagoas. OBJETIVO Demonstrar o impacto da pandemia da Covid-19 no rastreio de câncer do colo do útero em Alagoas e comparar o quantitativo de exames de colpocitologia realizados entre 2019 e 2021. MATERIAL E MÉTODOS Trata-se de um estudo descritivo com informações coletadas no banco de dados do MS, no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) do DATASUS. Contabilizou-se os exames realizados no momento pré-pandemia (2019) e durante a pandemia (2020 e 2021), na população alvo, no estado de Alagoas. RESULTADOS A partir dos dados coletados, constatou-se a queda considerável na realização de exames de rastreio do câncer do colo do útero durante a pandemia.5 Em 2019, 180.655 exames foram realizados em Alagoas, desses, 80.720 em Maceió. Já no ano de 2020, houve redução de quase 50% nos exames realizados, uma vez que o número de colpocitologias caiu para 95.543 no estado. Em 2021, com a flexibilização do isolamento e reestabelecimento dos serviços de saúde, o declínio foi de 10,4% no estado e 5% na capital, quando comparados à 2019. CONCLUSÃO A pandemia repercutiu diretamente nos serviços públicos de saúde, tornando-os sobrecarregados com os casos de Sars-Cov-2. Com isso, o rastreio e a prevenção de câncer de colo uterino foram prejudicados, o que impactou diretamente na saúde das mulheres alagoanas. O reflexo dessa defasagem poderá ser mensurado a longo prazo, com diagnósticos tardios e aumento no número de óbitos.

    PALAVRAS-CHAVES Pandemia, câncer do colo do útero, colpocitologia oncótica.

     

  • Palavras-chave
  • Pandemia, câncer colo do útero, colpocitologia oncótica
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