Introdução: A Doença de Paget Vulvar (DPV) consiste em uma neoplasia maligna rara, correspondendo a cerca de 1% de todas as neoplasias vulvares e aproximadamente 6% de todos os casos de doença de Paget1,2. Objetivo: Avaliar eficácia da terapia com imiquimode creme a 5% no tratamento da DPV. Material e Método: Foram utilizadas informações contidas em prontuário eletrônico do ambulatório de Patologia do Trato Genital Inferior do Núcleo de Prevenção de Doenças Ginecológicas (NUPREV) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) para relatar o caso de DPA, 87 anos, caucasiana, que apresentava lesão vulvar pruriginosa por 2 meses, em que avaliação histológica confirmou o diagnóstico de neoplasia de células epitelioides de padrão pagetoide, e o estudo imuno-histoquímico foi sugestivo de doença vulvar primária. Foi utilizada a terapia tópica com imiquimode creme a 5%, já que a paciente não apresentava condições clínicas para tratamento padrão-ouro que é o procedimento cirúrgico. Resultado: Paciente apresentou boa resposta ao uso da terapia tópica com imiquimode creme a 5% evidenciado com seis semanas de tratamento, sendo mais característico após a 10ª semana. No entanto, perdeu o seguimento devido à doença de base e descontinuou o tratamento, voltando a apresentar a queixa de prurido e aumento da área acometida pela lesão inicial. Conclusão: O uso de imiquimode tópico creme a 5% é um método seguro e eficaz que pode ser usado para controle da DPV em paciente sem condições clínicas para o tratamento cirúrgico
Comissão Organizadora
Victor Lemos
Ilca Amorim
JOSÉ HUMBERTO BELMIRO CHAVES
Bruna Oliveira
Comissão Científica
Yara Lúcia Mendes Furtado de Melo