MIÍASE GENITAL: FATORES DE RISCO E TRATAMENTO

  • Autor
  • Natália Ingrid Gomes Melo
  • Co-autores
  • Darah Yasmim Moreira Alves , Bruna Lorenna Rocha e Silva Hermínio de Almeida , Isadora Eloy Cândido , Júlia Luna Nascimento , Luana Sophia Barbosa Simões de Góes , Dandara Karolina Cavalcante do Espírito Santo
  • Resumo
  •  

    Introdução: A miíase genital é uma enfermidade comum nas zonas rurais dos países tropicais. É provocada por larvas de moscas, existindo várias classificações conforme a localização da doença, o inseto vetor e o tipo de tecido acometido. A infestação provavelmente ocorre pela deposição de ovos ou larvas próximo aos órgãos genitais femininos para os quais as moscas fêmeas são atraídas por corrimento fétido (leucorréia, gonorréia, menstrual ou seminal), feridas pré-existentes ou uma doença como carcinoma. O local infectado torna-se eritematoso, sensível, inchado e apresenta um seio de descarga contendo larvas de cabeça preta com corpo branco-creme. Objetivo: Analisar os fatores de risco e o tratamento da miíase genital feminina, descritos na literatura. Materiais e Métodos: Este estudo consiste em uma revisão bibliográfica realizada nos bancos de dados PubMed e BVS, com a seguinte estratégia de busca: “myiasis” AND “genital”. A seleção foi realizada em três etapas consecutivas: leitura dos títulos, resumos e textos completos. No total, foram encontrados 22 artigos, dos quais 6 foram selecionados após a aplicação dos fatores de inclusão (artigos dos últimos 5 anos condizentes com o tema e objetivo do trabalho) e de exclusão (artigos com texto incompleto, revisões de literatura e artigos que tratavam de pacientes do sexo masculino e miíase não genital). Resultados: Todos os 6 artigos selecionados eram relatos de caso de pacientes dos sexo feminino, com idades variáveis de 18 a 62 anos (média = 39 anos). De acordo com a literatura analisada, os principais fatores de risco listados, para adquirir essa infecção ectoparasitária, foram: lesões pré-existentes, imunodeficiências, condições anti-higiênicas, distúrbios psiquiátricos, exposição de roupas íntimas em locais propícios de existir moscas - pois facilitam a colocação de ovos nessas peças -, idade avançada, falta de mobilidade, prolapso de órgão e atividade laboral em agricultura ou com animais. Em relação ao tratamento, instituiu-se o seguimento: (i) eliminação mecânica de todas as larvas visíveis; (ii) desbridamento do tecido necrótico, se houver; (iii) irrigação da lesão com solução antisséptica; e (iv) curativo regular da ferida até que todas as larvas saiam e a cicatrização comece. Ademais, a cobertura antibiótica de amplo espectro é necessária em caso de extensa infestação de larvas para prevenir infecção bacteriana secundária. Conclusão: Diante do exposto, conclui-se que a miíase genital feminina é um agravo à saúde raro, porém ocasional e subnotificado. A notificação desses casos aumenta a conscientização do público e do médico sobre o modo de apresentação, o diagnóstico correto e as opções de tratamento disponíveis.

  • Palavras-chave
  • Fatores riscos, Miíase genital, tratamento.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Doenças inflamatórias do Trato Genital Inferior (TGI).
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