INTRODUÇÃO: O Papilomavírus Humano (HPV) é um tipo de vírus que infecta pele e mucosas. É bastante contagioso, sendo possível a contaminação em uma única exposição, pois a sua transmissão ocorre através do contato direto com a pele ou mucosa. Sendo assim, a principal forma de transmissão é pela via sexual, a qual inclui contato oral-genital, genital-genital e anal-genital. Sua infecção é muito frequente e normalmente transitória, regride espontaneamente na maioria das vezes. Em pequenos casos a infecção persiste, especialmente se causada por um subtipo oncogênico. Sendo assim, dos mais de 150 subtipos de HPV existentes, cerca de 30 possuem tropismo pelo trato anogenital e aproximadamente 13 tipos estão associados à possibilidade de se tornar câncer. Entre os subtipos HPV de alto risco oncogênico, as cepas 16 e 18 estão presentes na maioria dos casos que levaram ao câncer. A incidência do Câncer anal vem aumentando tanto em homens quanto em mulheres e um dos fatores associados é justamente a infecção pelo HPV, principalmente o subtipo 16. METÓDOS: Trata-se de uma revisão de literatura, em que foram realizados levantamentos bibliográficos da base de dados científicos PubMed, obtendo-se um total de 198 artigos, entre os anos de 2017-2022, com os descritores “cancer anal”, “hpv”, “fator de risco”, “homem e mulher” dos quais apenas 7 foram relevantes para o estudo proposto. OBJETIVO: Elucidar sobre o HPV como fator de risco para o câncer anal e a importância do seu rastreio e diagnóstico precoces. RESULTADOS: Foram identificados para o câncer anal fatores de risco como, infecção por HPV e HIV, contagem baixa de linfócitos CD4, histórico de doenças sexualmente transmissíveis e de câncer cervical, tabagismo, alcoolismo, uso de drogas injetáveis, dentre outros. Porém, se mostrou que a infecção pelo HPV é o fator de risco mais significativo, já que pode induzir lesões de pele ou mucosa que, caso não sejam tratadas, têm alto potencial de progressão para carcinoma invasivo. Dessa maneira, a detecção precoce é de fundamental importância para o prognóstico do câncer anal, já que segundo um estudo que durou 27 anos, realizado por JOHNSON, et al (2006), nos Estados Unidos, apenas 18% dos pacientes com metástases estavam vivos em cinco anos de acompanhamento, comparados a 78 % dos pacientes com doença localizada, favorecendo a ideia de que o diagnóstico precoce melhora a sobrevida desses pacientes. Como métodos de rastreio temos como principais a citologia anal, anuscopia de alta resolução com biópsia dirigida e os testes moleculares. CONCLUSÃO: Nesse sentido, por ser hoje o principal fator de risco para o câncer anal, torna-se de suma importância p diagnóstico precoce do HPV, assim como o rastreio de suas lesões e também orientações sobre medidades de prevenção, já que o contágio via sexual é o principal meio atualmente.
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