Introdução: A cervicite é uma condição inflamatória que acomete o epitélio colunar do colo uterino. É importante lembrar que a cervicite pode ser um sinal de alerta, já que as infecções que mais comumente levam ao problema são as sexualmente transmissíveis, entre elas temos como principal agente etiológico a Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis. Essas duas bactérias geralmente estão associadas a um quadro de cervicite, com grande potencial para uma possível infecção do trato genital superior e complicações reprodutivas se não tratadas adequadamente. Os sinais clínicos de cervicite incluem exsudado endocervical purulento, aumento do número de leucócitos polimorfonucleares (PMNs) no colo do útero e sangramento cervical facilmente induzido (friabilidade). Objetivo: Abordar o padrão de casos de cervicites em mulheres jovens sexualmente ativas, com história prévia ou presente de IST’s e a não adesão ao uso de preservativos. Material: Revisão de artigos disponíveis na plataforma PubMed e na base de dados LILACS, no período entre 2003 a 2020. Neste trabalho foi utilizado como pesquisa a expressão: Cervicitis AND Sexually transmitted infections. Essa pesquisa resultou em 260 artigos na PubMed e 6 no LILACS . Logo após a leitura de títulos e resumos , 8 artigos foram selecionados para leitura integral, tendo como critério de inclusão a relevância das infecções por clamídia ou gonocócica nos casos de cervicite. Resultados: A partir dos dados obtidos por essa presente revisão, evidencia-se que a prevalência da cervicite, parece ser um achado extremamente comum entre as mulheres jovens e é visto em uma ampla variedade de ambientes clínicos. A respeito do ponto de vista fisiopatológico analisado nos artigos, nota-se o papel desempenhado por algumas citocinas pró-inflamatórias que agem na modulação da inflamação cervical evidenciada e na permissão da ascensão de infecções vigentes.? Tendo como associação, os casos de mulheres portadoras de cervicite com suspeita de infecção por Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis ou histórico de contaminação no passado. Ao decorrer dos estudos apresentados ao longo dos anos fica claro que ainda continua-se abordando tais patógenos como os principais precursores da cervicite, mesmo tendo outros agentes como possíveis causadores da inflamação do colo uterino. ??Por isso, a necessidade de uma busca para a identificação? do agente etiológico que esteja ocasionando o quadro de cervicite, ?mesmo sendo o tratamento nesses casos de ? IST 's empíricos. Conclusão: Esta revisão permitiu analisar a importância do acompanhamento ginecológico adequado para a mulher portadora de cervicite, seja através do papanicolau e de testes de biologia molecular. Pois assim, vão servir para guiar a evolução da cervicite, bem como determinar a natureza do agente causal, obtendo dessa maneira um manejo cada vez mais aprimorado e com uma abordagem padronizada para a pesquisa.
Comissão Organizadora
Victor Lemos
Ilca Amorim
JOSÉ HUMBERTO BELMIRO CHAVES
Bruna Oliveira
Comissão Científica
Yara Lúcia Mendes Furtado de Melo