PÓLIPO FIBROEPITELIAL GIGANTE DE VULVA INFECTADO: UMA APRESENTAÇÃO RARA

  • Autor
  • ANANDA PEIXOTO SILVA
  • Co-autores
  • SASHA SOUZA NEVES , BÁRBARA MARTINS CARVALHO , MARA PAULA VARGAS FREITAS , PEDRO HENRIQUE TANNURE SARAIVA
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: Os pólipos fibroepiteliais (PFEs) são tumores benignos de origem mesenquimal, mais comumente identificados em áreas de atrito, podendo estar presentes no trato genital inferior feminino, com predileção pela vagina e menos frequentemente encontrados na vulva. São geralmente assintomáticos e pequenos, com raras exceções na literatura. Eles se apresentam de forma diversa, o que torna o diagnóstico um desafio. OBJETIVO: O trabalho tem como objetivo descrever uma apresentação rara de um pólipo fibroepitelial, com intuito de difundir a possibilidade diagnóstica e condução frente a casos semelhantes. MATERIAL E MÉTODOS: A partir da revisão de prontuário, é realizado um relato de caso de um pólipo fibroepitelial gigante de vulva infectado, seguido de revisão da literatura utilizando a base de dados PubMed. RESULTADOS: Trata-se da paciente E.L.S, 42 anos, admitida no Hospital Metropolitano Odilon Behrens em 04/03/22, com relato de lesão vulvar volumosa, associada a dor, edema e hiperemia locais de cerca de 15 dias de evolução, estando em uso de amoxicilina, sem melhora. Referia surgimento da massa há 6 anos, com crescimento progressivo e investigação prévia em serviços externos, sob suspeita de carcinoma, apresentando biópsias inconclusivas. Ao exame, evidenciada lesão cor da pele acometendo grande lábio à direita, papilomatosa, de cerca de 9cm de diâmetro, com vários pontos de drenagem de secreção purulenta. Iniciada antibioticoterapia venosa e proposta excisão cirúrgica após resolução do quadro infeccioso. Submetida à vulvectomia parcial em 10/03, com boa evolução pós-operatória e alta em 12/03. Em retorno ambulatorial, identificado pólipo fibroepitelial em resultado de anatomopatológico. À revisão da literatura, observa-se que os PFEs vulvares são geralmente identificados com dimensões de até 5cm e considerados gigantes em valores maiores, com relatos de até 20cm. Apesar de não possuírem patogênese clara, essas lesões sofrem influencias hormonais e são tipicamente encontradas em mulheres de idade reprodutiva, compatível com E.L.S. O diagnóstico clínico é dificultado devido à variedade de apresentações, podendo ser identificados como lesões fibroelásticas pediculadas ou papilomatosas, de coloração variável. Os sintomas, quando presentes, são sangramento e desconforto local, com raras descrições de infecção associada. Deve-se sempre considerar diagnósticos diferenciais, incluindo o de neoplasias. O tratamento consiste em ressecção da lesão e em sua maioria o diagnóstico é apenas realizado após a análise histológica, assim como no presente caso. CONCLUSÃO: A fim de realizar seguimento adequado e estabelecer prognóstico, é importante que o diagnóstico seja realizado de forma correta, destacando-se a importância da avaliação anatomopatológica. Ressalta-se a raridade da apresentação descrita, fazendo com que a abordagem do tema proposto seja essencial para conhecimento dos PFEs e da sua abordagem em situações semelhantes.

  • Palavras-chave
  • Doenças da Vulva, Neoplasia Vulvar, Infecção Genital.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Neoplasias do TGI
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