FIBROEPITELIOMA VULVAR GIGANTE: UM RELATO DE CASO

  • Autor
  • Nayra Nascimento Ribeiro
  • Co-autores
  • Anny Beatriz Macário Barros , Thomas Bernardes Lopes , Luana Maria Gomes Silva , Marcel Arthur Cavalcante Gonçalves , Maria Laura Vasconcelos Moreira Lopes Goes , Caroline da Mota Araújo
  • Resumo
  • Descrito por Norrus e Taylor em 1996, o fibroepitelioma ou acrocórdon é um tumor benigno de tecido mesenquimal de rara localização na região vulvar, mais frequente em mulheres obesas e diabéticas no menacme ou que tenham passado por um desequilíbrio hormonal com elevadas taxas de estrogênio e progesterona. As lesões, com diâmetro médio de 1-2 cm, não ultrapassando 5 cm, tem formato semelhante a uma bolsa, textura macia, podendo ser pediculados ou polipoides, normalmente solitários e da mesma cor da pele ou hiperpigmentados. A coinfecção com papilomavírus humano ainda é incerta.Trata-se de uma paciente de 50 anos, que procura o serviço de ginecologia devido a um tumor na região vulvar a direita de início há 2 anos, com crescimento progressivo, indolor, que prejudica sua qualidade de vida estética e psicológica. Quanto aos antecedentes ginecológicos, a paciente está na perimenopausa, ciclo menstrual irregular e em amenorreia há 3 meses, duas gestações e dois partos vaginais prévios, menarca aos 10 anos de idade, realizou laqueadura tubária há 20 anos como método de planejamento familiar e nunca fez uso de métodos hormonais. A paciente nega comorbidades, outras cirurgias prévias ou antecedentes familiares relevantes. Quanto aos hábitos de vida, é tabagista de longa data. Ao exame físico, observou-se um tumor pediculado em forma de bolsa, aspecto enrugado e amolecido, hiperpigmentado, 9 cm em seu maior diâmetro na região vulvar a direita, sem sinais flogístico em seu entorno. Atestada clinicamente a hipótese de fibroepitelioma, foi realizada a ressecção da lesão, utilizando as técnicas-padrão de assepsia e antissepsia, aplicada anestesia local e em seguida realizada a exérese da lesão com bisturi elétrico e eletrocoagulador, sem intercorrências. O resultado do estudo anatomopatológico foi de acrocórdon gigante com ausência de malignidade no material estudado. A paciente retornou após 3 meses sem novas queixas e com expressiva melhora em sua qualidade de vida.Apesar de sítio incomum, o fibroepitelioma é o tumor mais comum entre os tumores vulvares e faz diagnóstico diferencial com neurofibromatose, nevos, tumor de Pinkus, queratose seborreica, condilomas e até mesmo carcinoma in situ. Seu diagnóstico macroscópico é fundamental para diferenciá-lo de outras entidades semelhantes, mas o diagnóstico definitivo se dá pelo estudo anatomopatológico da lesão. O tratamento cirúrgico geralmente é realizado por fins estéticos ou para diferenciação diagnóstica.

     

  • Palavras-chave
  • fibroepitelioma, acrocórdon, tumor vulvar
  • Modalidade
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  • Neoplasias do TGI
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