PRÁTICAS E ATITUDES DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE EM RELAÇÃO ÀS AFECÇÕES GENITAIS E BUCAIS CORRELATAS EM MULHERES

  • Autor
  • Nayra Nascimento Ribeiro
  • Co-autores
  • Caroline da Mota Araujo , Marcel Arthur Cavalcante Gonçalves , Camila Maria Beder Ribeiro Girish Panjwani , Kristiana Cerqueira Mousinho , Thomas Bernardes Lopes
  • Resumo
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    Algumas doenças apresentam manifestações clínicas bucais e genitais concomitantes e são uma intersecção entre a Odontologia e a Ginecologia-Obstetrícia. Estas afecções são negligenciadas pelos profissionais cirurgiões-dentistas (CDs) e ginecologistas-obstetras (GOs), em decorrência de múltiplas etiopatogenias e manifestações clínicas inespecíficas. Assim, a avaliação sobre as práticas e atitudes desses profissionais de saúde é importante para indicar o manejo correto destas doenças. O objetivo do estudo foi conhecer as práticas e atitudes dos profissionais CDs e GOs frente às afecções genitais e bucais correlatas. Trata-se de um estudo observacional, transversal e analítico e a amostra foi composta por CDs e GOs que estão em atividade clínica. Para avaliação das práticas e atitudes, foi aplicado um formulário eletrônico composto de questionários específicos para os CDs e GOs. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Participaram da pesquisa 182 profissionais, dos quais 37,4% eram CDs e 62,6% GOs. Os resultados mostraram que mais da metade dos CDs não tem o hábito de atender pacientes com patologias orais por doenças inflamatória/imunológica (81%), nem com lesão sugestiva de trauma por prática de sexo oral (94%); também, não diagnosticam (84%) nem tratam (88%) pacientes com manifestações bucais por ISTs. Os CDs não indagam ou orientam sobre prevenção de doenças transmitidas pelo sexo oral (77%), não realizam ações de orientação da higiene bucal em relação ao sexo oral (79%) e nem orientam sobre o risco de desenvolver câncer bucal devido ao sexo oral (72%). Já os GOs não questionam sobre sinais e sintomas bucais em pacientes com lesões genitais traumáticas (69%), não possuem o hábito de examinar a boca das pacientes com ISTs (87%), nem de pacientes com manifestações clínicas genitais sugestivas de etiologia inflamatória/imunológica (74%) ou de etiologia traumática (85%) e  não costumam ter uma abordagem específica para pacientes LGBTQIA+ ou homens/mulheres transgêneros que praticam sexo oral/genital (57%). Diante dos resultados, fica evidente que mais da metade dos profissionais entrevistados não apresentam práticas e atitudes satisfatórias em relação às doenças genitais e bucais correlatas. Portanto, faz-se necessário que esse tema seja mais abordado entre os CDs e GOs tanto na sua formação profissional como em cursos de aperfeiçoamento e especialização, visando melhorarias na assistência à saúde bucal e genital das pacientes

     

  • Palavras-chave
  • (Práticas e Atitudes); (Ginecologistas); (Dentistas); (Patologia oral); (Doenças da genitália feminina)
  • Modalidade
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