O câncer de vulva é uma neoplasia maligna rara, representando 3 a 5% dos cânceres ginecológicos e afeta principalmente mulheres na pós-menopausa, ocasionalmente são assintomáticos, mas a maioria dos casos são sintomáticos e pode conter prurido, dor vulvar, presença de nódulo ou úlcera. Essa neoplasia engloba uma série de fatores de risco, sendo o Papilomavírus Humano (HPV) um dos principais causadores desta doença. O HPV é uma das infecções mais comuns no mundo, sendo responsável por 40 a 50% da neoplasia vulvar e a vacina contra esse vírus pode reduzir o risco dessa malignidade, tornando de grande importância o incentivo da vacinação, além do exame clínico da vulva, visando à redução do aparecimento de neoplasias e uma melhor qualidade de vida para as mulheres. O presente trabalho é uma revisão de literatura realizada na plataforma PubMed, com o filtro de 5 anos e com o uso dos descritores: “Vulvar Cancer” AND “Human Papilloma Virus” AND “Vaccination”. Foram selecionados 6 artigos para a pesquisa, com análise de títulos, resumos e textos por completo. De acordo com os estudos, o HPV possui grande diversidade e os tipos que predominantemente podem acometer a superfície externa da vulva, assim como a mucosa vaginal, aumentando a chance de desenvolver cânceres anogenitais, dentre eles, o de vulva, são: 16, 18, 31, 33 e 35, sendo o 16 e 18 de alto risco para malignidade. De acordo com o Center for Disease Control and Prevention em média 90% dos casos a infecção por HPV desaparecerá em dois anos sem deixar rastros maléficos ao hospedeiro. No entanto, se houver infecção persistente devido às cepas de alto risco juntamente com o estilo de vida desregrado podem levar à predisposição da neoplasia vulvar. Logo, é importante o incentivo da vacinação, uma vez que existem três tipos de vacinas profiláticas disponíveis contra o Papilomavírus Humano, sendo vacinas altamente imunogênicas e que induzem anticorpos específicos, e assim, reduz o surgimento de câncer vulvar, tendo por base que este vírus é um causador deste tipo de malignidade. Com isso, a revisão de literatura mostra que a vacinação contra o HPV é eficiente e segura para redução das taxas de cânceres relacionados ao vírus. Esse trabalho permitiu observar a diversidade em que o HPV se encontra e como a sua infecção está relacionada com o câncer de vulva, sendo necessário cada vez mais o incentivo e a prática da população para vacinação, além do exame clínico da vulva, visando a redução e a prevenção da doença que pode levar a morte de tantas mulheres.
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