Adenocarcinoma moderadamente diferenciado em uma paciente jovem com sangramento uterino anormal: um relato de caso

  • Autor
  • Elaine Saraiva Feitosa
  • Co-autores
  • Marcus Aurélio Bessa Paiva , Sarah Barroso Ribeiro , Vanessa Martins Alves , Maria Edith Holanda Banhos , Ester Saraiva Carvalho Feitosa , Rafaelly Duarte Fernandes
  • Resumo
  •  

    Introdução: O Sangramento Uterino Anormal (SUA) é definido como alterações da menstruação relacionadas ao aumento no volume, na duração ou na frequência. Suas causas incluem sangramentos por causas estruturais e não estruturais, sendo melhor sistematizado de acordo com a sigla PALM-COEIN (estruturais: pólipo, adenomiose, leiomioma, malignidade e hiperplasia; não estruturais: coagulopatia, disfunção ovulatória ou endometrial, iatrogênica e outras causas não especificadas). Tal sistema foi construído acreditando-se que qualquer paciente poderia ter mais de uma causa que levasse ao SUA e, mesmo certas causas estruturais podem ser frequentemente assintomáticas, não contribuindo para manifestação de sintomas. A investigação diagnóstica determinando a causa-base é o que orienta a conduta terapêutica. No que tange a hiperplasia atípica e malignidade relacionada ao endométrio, apesar de incomuns, são importantes causas a serem esclarecidas e sempre devem ser consideradas em mulheres com idade reprodutiva. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente jovem, em idade reprodutiva, que apresentava sangramento transvaginal refratário ao tratamento clínico, com diagnóstico histopatológico de Adenocarcinoma moderadamente diferenciado e realizar breve revisão de literatura sobre os diagnósticos diferenciais. Método: Os dados foram obtidos por meio de anamnese e exame físico, sendo complementados com ultrassom transvaginal e histeroscopia com biópsia, com resultado de exame histopatológico, associados a revisão de literatura. Resultados: Paciente, feminina, 39 anos, nuligesta, virgem, obesa, com história prévia de gastroplastia em 2002, com queixa sangramento por via vaginal volumoso e de longa duração, refratário a tratamento clínico. Apresentava ultrassonografia transvaginal que evidenciava formação nodular hipoecoica uterina, sugestiva de leiomioma, de contornos irregulares e limites precisos com maior componente submucoso, medindo 2,0x1,4x2,0cm. O endométrio centrado e homogêneo, com espessura normal. Sendo indicado a realização de histeroscopia para seguimento diagnóstico. Na biópsia de endométrio, colhida via histeroscopia, apresentou adenocarcinoma moderadamente diferenciado. Conclusão: É importante uma investigação diagnóstica individualizada e integral para o tratamento resolutivo do sangramento uterino anormal. Em se tratando de situações em que o SUA se manifesta de forma persistente e refratária aos tratamentos clínicos, torna-se de fundamental importância uma amostragem endometrial e, se possível, associada à avaliação histeroscópica da cavidade uterina. Dessa forma, é possível obter diagnóstico precoce de patologias malignas e pré-malignas, em busca de seu tratamento adequado.

  • Palavras-chave
  • Sangramento Uterino, Neoplasias Uterinas, Histeroscopia.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Neoplasias do TGI
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