A menopausa caracteriza-se pelas mudanças endócrinas, biológicas e clínicas. Focando nos sintomas geniturinários, a incontinência urinária (IU) é um transtorno do trato urinário inferior de micção involuntária, frequência urinária e noctúria, comum em mulheres de todas as idades, pode ser dividida em 3 tipos principais: urgência, esforço e mista. A IU é de causa multifatorial e possu implicações na vida da mulher abrangendo seu âmbito físico, sexual, social. A utilização de cones vaginais é um tratamento efetivo para a disfunção da musculatura do assoalho pélvico. Estudo realizado através de revisão sistemática da literatura, utilizando a estratégia de busca “incontinência urinária” AND “cones vaginais” AND “menopausa”. Foram utilizadas as bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), no período de 2013 a 2022 foram analisados os títulos e resumos de 54 artigos e, destes, eliminados 45, os quais não se relacionavam com o tema. Objetiva-se avaliar o uso de cones vaginais no fortalecimento do assoalho pélvico em mulheres com IU pós-menopausa. Através da literatura foi possível verificar que a utilização dos cones vaginais beneficiaram mulheres no tratamento da incontinência urinária de esforço leve a grave, durante o tempo mínimo de 3 meses no período pós-menopausa, através do ganho de força e resistência contra a gravidade durante o movimento dinâmico da musculatura do assoalho pélvico (MAP), com o cone mais pesado retido pela contração voluntária, que estimula o fortalecimento das musculaturas pubococcígea e auxiliar periférica de forma não invasiva, melhorando a resistência da uretra. A utilização de cones vaginais no tratamento da IU é positiva para obter melhoras reais e significativas, atuando na prevenção e reabilitação da MAP, no alívio dos sinais e sintomas referidos, bem como na qualidade de vida de mulheres portadoras de IU, promovendo um aumento na vascularização pélvica, melhorando a sensibilidade local e o desempenho sexual.
Comissão Organizadora
Victor Lemos
Ilca Amorim
JOSÉ HUMBERTO BELMIRO CHAVES
Bruna Oliveira
Comissão Científica
Yara Lúcia Mendes Furtado de Melo