SEPSE COMO UMA COMPLICAÇÃO GRAVE DE BARTHOLINITE- UM RELATO DE CASO

  • Autor
  • Marcel Arthur Cavalcante Gonçalves
  • Co-autores
  • Myrelle Cystona Gois de Paiva , Jose Vitor de Mendonça Chaves , Marina Presmich Pontual , Thomas Bernardes Lopes , Matheus dos Santos do Nascimento Carvalho , José Humberto Belmino Chaves
  • Resumo
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    As glândulas de Bartolini são estruturas derivadas do seio urogenital, secretoras de muco e localizadas no introito vaginal. A bartolinite é a doença vulvar infecciosa mais comum e se desenvolve em aproximadamente 2% de todas as mulheres. Comumente ocorre com a formação de cistos e abcessos decorrentes de obstruções ductais. Os abcessos são três vezes mais frequentes do que os cistos entre os 20 e os 29 anos, e sobretudo em nulíparas e diabéticas. Seus agentes usuais são a Escherichia coli ou flora polimicrobiana, podendo existir uma forte relação com infecção sexualmente transmissíveis.   Não raramente existem desfechos potencialmente graves, como fistulas ou sepse, mas que estão fortemente correlacionadas à episódios de repetição e tratamentos mais conservadores. Trata-se de um estudo observacional descritivo que objetiva relatar um caso de sepse como complicação grave de bartholinite.  MLC, 49 anos com antecedente de bartholinite tratada há 2 anos do lado esquerdo. Referindo edema e inchaço na glândula de barrholin esquerda há cerca de 3 dias. Nega outras queixas. Ao exame: vulva eutroficações, edema em terço inferior do grande lábio esquerdo. A palpação algo amolecido e móvel. Conduta: indução próximo a carúncula himenal com drenagem seropurulenta em moderada quantidade. Paciente 6h após começa a referir calafrios, febrícula, e dor de cabeça progressivamente levando-a a procurar uma emergência onde foi enquadrado para protocolo de sepse. Com internamento por 7 dias com antibioticoterapia. Dados epidemiológicos e bacteriológicos referentes à aos abcessos em glândulas de bartoline, corroboram para um manejo seguro e eficaz e precoce. O tratamento em emergências envolve o uso de anti-inflamatórios, analgesia e antibioticoterapia, o último não possui estudos randomizados sobre seu real papel e é utilizado por experiência clínica, utilizando-se combinações de drogas de amplo espectro. A abordagem cirúrgica deve levar em conta o tamanho do abcesso. Pequenos abcessos, em geral menores que 3 cm, são geralmente tratados com incisão e drenagem.  Abcessos maiores ou até mesmo, em virtude da alta recorrência, incentivam-se técnicas para reepitalização do ducto, como o cateter de WORD, ou aplicação de nitrato de prata ou escleroterapia, podendo utilizar a marsupialização e em casos mais drásticos de recorrência a excisão glandular.

     

  • Palavras-chave
  • Bartholinite; Sepsis; Vulvar abcess
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Doenças inflamatórias do Trato Genital Inferior (TGI).
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