PANORAMA DAS TAXAS DE MORTALIDADE INFANTIL DE INDÍGENAS NO BRASIL

  • Autor
  • Rayza Brito Silva
  • Co-autores
  • Raynara Brito Silva , Gustavo Brito da Silva Araújo , João Marcos Dichtl Oliveira , Juciê Ferreira da Silva
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A taxa de mortalidade infantil (TMI), que mede as mortes de crianças com menos de um ano por cada mil nascidos vivos, é um indicador das condições de vida e da qualidade dos serviços de saúde de uma população. Globalmente, a média é de 30 mortes por mil nascidos vivos. No entanto, esses números variam consideravelmente devido a fatores socioeconômicos, geográficos e étnicos. Recentemente, tem havido um foco crescente em entender essas disparidades entre os povos indígenas para desenvolver estratégias específicas que melhorem a saúde e reduzam as desigualdades. OBJETIVO: Este estudo analisa a mortalidade infantil indígena e suas causas no Brasil, visando orientar políticas públicas para reduzir desigualdades. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo. Este estudo analisa as taxas de mortalidade infantil entre indígenas com até 4 anos de idade no Brasil, abrangendo todas as regiões, de 2018 a 2022. A pesquisa utilizou dados públicos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do DATASUS, calculando as taxas através da relação entre óbitos e nascimentos. RESULTADOS:De acordo com o relatório do Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI), a mortalidade de crianças indígenas menores de quatro anos entre 2018 e 2022 foi mais que o dobro daquela entre crianças não indígenas no Brasil. As principais causas de morte entre as crianças indígenas são doenças evitáveis, enquanto complicações durante a gravidez e o parto são responsáveis pela maioria das mortes entre as não indígenas. As doenças respiratórias, infecciosas, parasitárias, e condições nutricionais são mais prevalentes entre os indígenas do que entre os não indígenas. Em 2018, a cada mil nascimentos de crianças indígenas vivas, 14,7 não sobreviveram ao primeiro mês, enquanto entre as não indígenas, a taxa foi de 7,9. Em 2022, a disparidade persistiu, com 12,4 crianças indígenas não sobrevivendo ao primeiro mês, um aumento de 55% em relação às não indígenas. CONCLUSÃO: Este estudo revela que a taxa de óbitos de crianças indígenas no Brasil permanece alta, ultrapassando significativamente a média nacional. As regiões Centro-Oeste e Norte registram as taxas mais elevadas, ao passo que as Sul e Sudeste as mais baixas. Há também picos notáveis ao longo do tempo. Isso destaca a necessidade urgente de políticas públicas eficazes para diminuir tais índices, considerando as disparidades regionais. Além disso, é crucial promover maior divulgação, pesquisa e conscientização sobre a saúde infantil nas comunidades indígenas.

  • Palavras-chave
  • Mortalidade Infantil, Saúde Indígena, População Indígena.
  • Área Temática
  • Medicina e as populações Negra, Indígena e Quilombola
Voltar Download
  • Medicina do Futuro e Inovações Médicas
  • Medicina e as populações Negra, Indígena e Quilombola
  • Medicina, Meio ambiente e Sustentabilidade
  • Saúde Pública e Determinantes Sociais de Saúde

Comissão Organizadora

Centro Acadêmico Ruth Sonntag Nussenzweig
Talys Arruda Jucá da Silva
Sarah Garcia Bento Fonseca
ASHLEY FERNANDA DE SOUSA E SOUSA
Mônica Oliveira Silva Barbosa
Julia Leite Abreu

Comissão Científica

Ana Beatriz Pereira de Souza
Gustavo Costa Freitas
Ana Caroline Lemos de Andrade