Dengue no estado do Tocantins nos anos de 2023 e 2024: um estudo epidemiológico

  • Autor
  • Wellyton Kelvy Pereira Santos
  • Co-autores
  • Filipe Leite Morais , François Moraes Cavalcante Silva , Lucas Sinomar Silva Carvalho , Rodrigo Kauan Vailati , Francisco Neto Pereira Pinto
  • Resumo
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    Dengue no estado do Tocantins nos anos de 2023 e 2024: um estudo epidemiológico

    INTRODUÇÃO: A dengue é endêmica de regiões tropicais e subtropicais e aproximadamente metade da população mundial se encontra em risco. Na América, o Brasil é o país mais afetado, sendo responsável por 70% dos casos. No atual cenário global, as mudanças climáticas somadas à urbanização favorecem a proliferação do Aedes aegypti. No cerrado, tais fenômenos combinados com o clima tocantinense, tropical típico, criam um ambiente favorável à existência do vetor.  OBJETIVO: Averiguar a situação epidemiológica da dengue no Tocantins nos anos de 2023 e 2024. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa descritiva. Foram coletados dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Departamento de Informática do SUS (DataSUS), adotando as variáveis idade, evolução e óbito e tipo de dengue contraída. Estudos epidemiológicos e revisões de literatura serviram de referencial teórico, sendo as plataformas usadas PubMed e Google Acadêmico. Foram abrangidos estudos em inglês e português a partir de 2020 e excluídas as publicações de antes de 2020 ou que não se encaixavam no escopo do trabalho. RESULTADOS: Foram confirmados 3.249 casos em 2023 e 955 casos em 2024. No que concerne à faixa etária, a população de 20 a 39 anos foi a mais afetada, com 1.216 casos em 2023 e 352 casos em 2024. Logo após vem a parcela de 40 a 59 anos, totalizando 715 casos em 2023 e 221 casos em 2024. Tratando-se do sorotipo, observou-se um grande número de ignorados ou deixados em branco. Excluindo esses, em 2023, o DENV-1 liderou os números, com 51 casos, enquanto o DENV-2 veio após, com 25 casos. Em 2024, 23 pessoas contraíram o tipo DENV-1 e 38 pessoas o tipo DENV-2. Quanto à evolução, em 2023, 2.888 indivíduos evoluíram para a cura e apenas 5 evoluíram para óbito. Em 2024, 520 casos evoluíram para a cura e um para óbito. CONCLUSÃO: A dengue continua sendo uma doença endêmica no Tocantins. A faixa etária mais acometida pela doença é a de 29 a 39 anos, tendo uma maior exposição ao mosquito. A população de 40 a 59 anos tem menos casos notificados, mas ainda tem um número elevado, constituindo população de risco. Constatou-se a predominância da DENV-1 em 2023. Essa proporção se inverte em 2024, com predomínio da DENV-2. Em 2023, 99% dos infectados evoluíram para a cura; em 2024, os dados parecem apontar uma repetição do cenário de 2023. Palavras-chave: Dengue, Mudanças Climáticas, Tocantins.

     

    REFERÊNCIAS

    BARCELLOS, C. et al. Climate change, thermal anomalies, and the recent progression of dengue in Brazil. Scientific Reports, v. 14, n. 1, p. 5948, 11 mar. 2024.

     

    BARROSO, Iandara Lopes Dias et al. Um estudo sobre a prevalência da dengue no Brasil: análise da literatura. Revista Brasileira de Desenvolvimento , v. 6, n. 8, pág. 61878-61883, 2020.

     

    KULARATNE, S. A.; DALUGAMA, C. Dengue infection: Global importance, immunopathology and management. Clinical Medicine, v. 22, n. 1, p. 9–13, jan. 2022.

     

    Ministério da Saúde – Informações de Saúde (TABNET) – DATASUS.

     

  • Palavras-chave
  • Dengue, Mudanças Climáticas, Tocantins
  • Área Temática
  • Medicina, Meio ambiente e Sustentabilidade
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