INTRODUÇÃO: O xenotransplante surgiu como metodologia alternativa e inovadora que ampliasse o transplante de células, tecidos e órgãos sólidos para além do método entre as mesmas espécies. Para isso, protocolos e técnicas, paralelo a supressão da barreira genética e bioquímica, estão sendo desenvolvidos a fim de garantir a histocompatibilidade entre os transplantes. Desse modo, a busca por espécies histocompatíveis com a espécie humana é o principal alvo da ciência, a fim de diminuir as extensas filas de espera de transplantes que assoberbam o sistema de saúde. OBJETIVO: Discorrer acerca da inovação técnica-científica do uso de animais suínos para o transplante de órgãos. METODOLOGIA: Utilizou-se o método de revisão de literatura, com direcionamento por meio dos seguintes descritores: transplante heterólogo, transplante de órgãos e obtenção de tecidos e órgãos nas plataformas PubMed e Scielo. Como critério de seleção dos artigos, foi-se preferível aqueles publicados no período de 2019-2024. RESULTADOS: Diante dos estudos realizados, o transplante heterólogo dimensiona uma nova vertente para a obtenção de órgãos e redução das filas de espera por um transplante. O maior obstáculo enfrentado em xenotransplantes são as reações imunes ao excerto. Foram obtidos resultados clínicos positivos em pesquisas com suínos, devido suas semelhanças anatômicas, fisiológicas e imunológicas com os seres humanos, colocando-os como principais modelos biomédicos para o desenvolvimento desse processo inovador. Essas conquistas foram resultado de estudos, que mesmo ainda em andamento já demonstram efetividade, por meio da padronização de biomarcadores para identificar e prever a rejeição imunológica. CONCLUSÃO: Diante dos fatos supracitados , fica evidente que a utilização de órgão suínos com fonte de xenoenxertos tem potencial de reduzir drasticamente a longa lista de espera para transplante e expandir a elegibilidade para transplante para aqueles que de outra forma não seriam candidatos. Nesse sentido, os recentes progressos na engenharia genética do porco e nas opções de humanização enriqueceram ainda mais a variedade de modelos suínos disponíveis e, com o aumento do conhecimento do genoma e do sistema imunitário do porco, aumentaram o potencial deste tipo de transplante.
Comissão Organizadora
Centro Acadêmico Ruth Sonntag Nussenzweig
Talys Arruda Jucá da Silva
Sarah Garcia Bento Fonseca
ASHLEY FERNANDA DE SOUSA E SOUSA
Mônica Oliveira Silva Barbosa
Julia Leite Abreu
Comissão Científica
Ana Beatriz Pereira de Souza
Gustavo Costa Freitas
Ana Caroline Lemos de Andrade