CANCER DE COLO UTERINO E SEU ACOMETIMENTO EM POPULAÇÕES INDÍGENAS BRASILEIRAS

  • Autor
  • Sabrina da Silva Santos
  • Co-autores
  • Luiz Henrique Alves Macedo , Maria Eduarda Machado Ribeiro Silva , Jemima Laureano Marques , Kamila Leite da Silva , Rossana Vanessa Dantas de Almeida Marques
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: O câncer de colo uterino é um grave problema de saúde pública no Brasil, afetando principalmente mulheres economicamente vulneráveis com dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Em mulheres indígenas, essa neoplasia também é uma das principais causas de morte, devido a fatores socioeconômicos, geográficos e culturais que dificultam a prevenção, diagnóstico e tratamento. OBJETIVO: Analisar a frequência de câncer de colo uterino em populações indígenas e a relação com fatores econômicos, culturais e geográficos deste grupo. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cujas buscas foram realizadas na base de dados PUBMED. Os termos utilizados para a pesquisa dos artigos selecionados para compor o presente trabalho foram "Uterine Cancer" e "indigenous populations” em combinação com o operador booleano "AND", obtendo um total de 68 artigos. Após essa etapa, foram utilizados como critérios de inclusão os filtros “últimos 5 anos” e “free full text”, reduzindo o número para 50 artigos. Desse total, escolheu-se os que se tratavam de populações indígenas brasileiras. Além disso, foram feitas pesquisas em documentos de domínio público do Ministério da Saúde. Após a seleção das bibliografias, foi realizada a análise crítica detalhada para compor o presente texto. RESULTADOS: Ao considerar o foco da investigação foi observado que o câncer de colo uterino é uma importante causa de óbitos entre mulheres indígenas. As mulheres indígenas possuem uma alta taxa de infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV) e uma incidência elevada de câncer cervical, em parte devido às suas práticas culturais, como a exposição sexual precoce, múltiplos parceiros e muitos filhos, além do seu isolamento espacial, o que reduz sua adesão aos exames de rastreamento e tratamento de lesões pré-malignas/malignas. Nos resultados citológicos de rastreamento da neoplasia em questão, observou-se que a proporção de Lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL) foi de 0,9% em indígenas e 0,4% em não indígenas, enquanto que a comparação relacionado a Lesão intraepitelial de alto grau ou mais grave (HSIL+) foi de 0,9% em indígenas e 0,3% em não indígenas. CONCLUSÃO: Foi constatado que as peculiaridades sociais e culturais das mulheres indígenas corroboram o acentuado acometimento de câncer de colo uterino nestas mesmas, em virtude da falta de acompanhamento ginecológico, vacinação contra o HPV e uso de preservativos.

  • Palavras-chave
  • Câncer uterino, povos indígenas, saúde da mulher
  • Área Temática
  • Medicina e as populações Negra, Indígena e Quilombola
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