VANTAGENS E DESAFIOS DA TELEMEDICINA: EXPERIÊNCIA FUGAZ OU ASCENSÃO PÓS-PANDÊMICA?

  • Autor
  • Alexandre Veinel Zanella
  • Co-autores
  • João Costa Nunes , Kayo Luan Santos Vila Verde Costa , Leticia Paz Duarte , Maressa Arruda Milhomem , Fabiana de Andrade Bringel
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: Telemedicina pode ser definida como o uso de tecnologias de informação e comunicação na prestação de serviços de saúde. Esta prática foi amplamente impulsionada e adotada após a pandemia de COVID-19 e continua crescendo desde então. OBJETIVOS: Evidenciar os benefícios e os desafios do emprego da telemedicina como alternativa para ampliação do acesso à saúde. MATERIAIS E MÉTODOS: O presente estudo consiste em uma revisão de literatura a partir da busca em bases digitais de dados, como “Google Scholar”, “SciELO” e “PubMed”, em abril de 2024, utilizando os descritores “acesso a serviços de saúde”, “saúde” e “telemedicina” e os operadores booleanos “AND” e “OR”. Foram incluídos artigos em português e inglês, publicados nos últimos cinco anos, sendo excluídos os artigos duplicados e que não atenderam os critérios de inclusão mencionados. Foram selecionados cinco artigos. RESULTADOS: A telemedicina proporciona diversos benefícios, tais como: ampliação do acesso à saúde para moradores de áreas remotas ou com uma rede de saúde precária, permitindo a democratização de consultas especializadas que outrora não seriam disponíveis; otimização do tempo dos pacientes e dos médicos e redução do estresse, já que não é necessário deslocar-se nem aguardar em filas; facilitação de um vínculo profissional-paciente regular, melhorando a qualidade de vida dos enfermos, principalmente dos portadores de doenças crônicas; possibilidade de troca de informações rápidas e eficazes entre profissionais, corroborando a tomada de decisões; utilização de tecnologias, pelas instituições de saúde, para divulgar procedimentos ou cirurgias, contribuindo para a educação de novos profissionais. Todavia, ainda há desafios que impedem sua total aceitação, tais como: lacuna socioeconômica quanto ao acesso a aparelhos eletrônicos ou à internet; possibilidade de invasão das redes de dados por hackers, ferindo princípios de privacidade e confidencialidade; falta de domínio, tanto dos profissionais quanto dos pacientes, no uso de ferramentas digitais; carência de normas, padrões e regulamentações que garantam sua aplicabilidade ética e legal; chance de imprecisão na consulta, abrindo caminho para diagnósticos falhos. CONCLUSÃO: A telemedicina é um recurso a ser explorado pelos sistemas de saúde do mundo, contendo diversas vantagens que permitem diminuição de sobrecarga e democratização dos serviços de saúde. No entanto, apresenta fragilidades de caráter socioeconômico, técnico e ético que obstruem sua implementação em larga escala. Assim, sociedade civil, profissionais da saúde e instituições governamentais devem cooperar para solucionar essas fraquezas e preparar o mundo para futuras adversidades.

  • Palavras-chave
  • Acesso a serviços de saúde, Saúde, Telemedicina.
  • Área Temática
  • Medicina do Futuro e Inovações Médicas
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